sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Começar a perceber o "Mundo do Autismo"

No dia 13 de Fevereiro fomos a uma unidades de autistas na escola Nossa Senhora da Conceição.
Quando lá chegamos fomos recebidos pela directora da escola, a professora Maria José, que nos encaminhou para a sala onde se encontravam as crianças.
A sala, um espaço harmonioso, com bastante luz, era dividida em várias áreas:
  • A área de lazer, onde tinha uma televisão, alguns livros e sofás.




  • A área de trabalho individualizado, onde, como o nome sugere, as crianças trabalham sozinhas sem acompanhamento.



  • A área de trabalho, onde elaboram tarefas com as professoras. Essas tarefas fazem parte da rotina destas crianças, podemos ver nas imagens abaixo as tarefas já planeadas. Quando terminam as tarefas, as crianças pegam na imagem e viram-na para baixo.




Observamos também que as crianças são habituadas a uma rotina. Na sala, estão afixados vários cartazes com as rotinas de cada criança para que sigam o que está planeado. Como algumas crianças não sabem ler algumas das rotinas são com imagens.




Ficamos ainda a saber que existem crianças que não comunicam e para isso existem umas tabelas de comunicação. As crianças vão apontando para as letras e assim vão formando palavras. Ou então, há uma capa com autocolantes para aquelas crianças que não sabem escrever





Ficamos muito contentes com a reacção das crianças, pois estávamos a pensar que estes iam ficar indiferentes à nossa presença, no entanto estes interagiram connosco.
P.S. Pedimos desculpa pela tardia actualização, mas as fotografias estavam a dar um erro e não nos foi possível postar antes.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Finalmente.... o cartaz!

Finalmente chegamos a um acordo sobre a elaboração do cartaz. Para já é apenas algo que chame a atenção da comunidade escolar. Não tem muita informação, mas esse, para já, não é o nosso objectivo. Queremos é causar impacto, fazer com que as pessoas fiquem curiosas e a pensar sobre que será o nosso projecto. E... cá está o nosso cartaz:



Colocamos aquela imagem no canto superior direito, que representa as luzes, que é algo que fascina os autistas. Estes são capazes de passar bastante tempo vidrados a olhar para uma luz. É por esta razão que existem salas multisensoriais. Cascatas de luzes, paredes tácteis, projectores de imagens, luzes inteligentes , elementos interactivos, música - são alguns dos elementos que podem aparecer numa sala deste tipo e que permitem criar artificialmente um ambiente para a atenção de estímulos específicos, produzir aprendizagens, conjugar e estimular ao mesmo tempo esquemas de acção e de interacção.

A interrogação que colocamos não nos leva logo a pensar no Autismo, porém causa impacto. Podemos relacionar com o autismo, pois as pessoas portadoras desta doença vivem num mundo diferente, pois são elas que criam os seus próprios mundos.

Hoje na aula fomos imprimir os cartazes, porém houve um pequeno problema e vamos ter que lá voltar.

Esperamos afixar os cartazes na escola o mais rápido possível, e claro que tenha sucesso!

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Pondo os pontos nos "i's"


Como estava previsto hoje fomos ao hospital falar com um psicólogo.


Quando lá chegamos, um guarda disse-nos que o doutor tinha saído, para aguardarmos um pouco na sala de espera.

Bem.... mas que stress! Apenas pensávamos: "Será que vai correr bem?"; "E se não tivermos nada para dizer?"; "E se dissermos alguma asneira?"; "E se nos perguntarem alguma coisa e não soubermos responder?"; "E se não nos souberem esclarecer as nossas dúvidas?", etc. Enfim, apenas pensávamos que ia correr mal.


Passado um pouco, veio o guarda dizer que podíamos entrar. Espanto o nosso era uma psicóloga.

Entramos para a sala e a doutora disse-nos que apenas ia ter uma breve conversa connosco enquanto o psicólogo não chegava.


Foi uma conversa muito interessante. Primeiro começamos a explicar o porquê do nosso projecto e quais os nossos objectivos. Depois fomos conversando sobre o Autismo e esclarecendo algumas dúvidas. Porém, a psicóloga disse-nos que secalhar era melhor aguardarmos a chegada do psicólogo pois ele ia-nos saber explicar melhor, e então continuamos a falar sobre outras coisas, como por exemplo, o que queríamos seguir profissionalmente, como víamos o futuro, ...


Entretanto bateram à porta. Era o psicólogo. O psicólogo não, os psicólogos. Fomos para a sala de reuniões e aí retomamos a conversa. Esclarecemos todas as nossas dúvidas, o que foi um ponto bastante positivo desta conversa.

Pedimos também, se era possível deslocarem-se até à nossa escola para falarem um pouco sobre o Autismo, à comunidade escolar. Concordaram. Ficamos então de dizer algo para marcar uma data.


Foi uma experiência muito positiva, e que nos ajudou bastante. Agradecemos toda a disponibilidade, compreensão e ajuda dos psicólogos.



sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Mas que semana...

Na última aula (05/02/2009) fomos até o centro de saúde mas lá não nos puderam ajudar.

Porém, a próxima semana vai ser muito atarefada.
  • Temos marcada para terça-feira (10/02/2009) uma consulta no hospital com uma psicóloga, com quem vamos falar para esclarecer algumas dúvidas e ver se é possível combinar um dia para ir à escola falar um pouco sobre o Autismo.

  • Temos também marcado para sexta-feia (13/02/2009) a nossa primeira ida a uma escola frequentada por algumas crianças autistas.

Em breve daremos notícias sobre estas tarefas que vamos realizar na próxima semana.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

A Burocracia no nosso país...




Como dissemos no penúltimo post, a fim de esclarecermos algumas dúvidas que surgiram, na última aula (29/01/2009) fomos ao hospital ver se era possível falar com alguém que fosse capaz de nos ajudar.



Quando lá chegamos dirigimos-nos ao bloco de consultas externas 1. Na recepção perguntamos se havia algum neurologista disponível para conversar connosco e esclarecer algumas dúvidas. Responderam-nos que havia uma neurologista a dar consultas no consultório 6, para esperarmos que não tardava a sair e aí podíamos dar-lhe uma palavrinha.

Passado algum tempo saiu a doutora. Fomos ter com ela e explicamos a situação, porém esta disse-nos que não tinha pacientes com esta doença, que era melhor dirigirmos-nos a um psicólogo. Entretanto, estava lá um senhor a distribuir panfletos sobre uma outra doença que ouviu a conversa que tivemos com a doutora, veio ter connosco e disse-nos que era melhor irmos ao bloco de consultas externas 2 e falarmos com um psicólogo clínico. Agradecemos imenso a sua ajuda, e deslocamos-nos para o outro bloco.

Chegamos ao bloco de consultas externas 2 e na recepção perguntamos se havia algum psicólogo clínico que pudesse falar connosco para nos esclarecer algumas duvidas. Aí, foi-nos dito que nestes casos tínhamos que ir à administração e pedir se era possível. Lá fomos nós para a administração.

Na administração, falamos no nosso trabalho, qual era o nosso objectivo e que precisávamos de esclarecer algumas coisas, e então disseram-nos que teríamos de escrever uma carta para o presidente fazendo o pedido.


Enfim.... tanto tempo no hospital, a andar de um lado para o outro, para no fim nos dizerem que tínhamos que escrever uma carta a fazer o pedido.... Como anda o nosso país....



Pelo caminho, conversamos sobre o sucedido, e chegamos à conclusão que não vamos escrever carta nenhuma. Temos que arranjar outra forma para conseguirmos a informação que pretendemos, pois se escrevermos a carta e enviarmos para o hospital, irá demorar imenso tempo, o que vai atrasar todo o nosso projecto.